INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA
DO RIO GRANDE DO SUL
Campus Vacaria
Licenciatura em Ciências Biológicas
Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência Pibid/Capes-IFRS
Nome do bolsista: Mariana Lisbôa de Oliveira
Tema da atividade: Resenha crítica sobre a observação da palestra da professora Carolina Moretti
Data de entrega: 05/02/2021
Carolina Moretti é professora de ciências na rede pública municipal e estadual, sendo também professora da rede privada na área de inglês. Possui uma boa formação acadêmica incluindo graduação, especializações e mestrado.
A professora iniciou a palestra relatando como tornou-se professora e os percursos que percorreu para perceber que queria realmente exercer essa profissão, e nos conta que nunca quis ser professora por ver sua mãe sendo e estar sempre atarefada. Apesar de tudo isso, a partir de diversas experiências permitiu-se dar aula e então apaixonou-se pela docência.
A fala da professora Carolina é feita de uma forma contagiante, onde quem já é professor se enxerga em cada palavra que ela vai falando. Um dos pontos que me chamou muito atenção é quando ela traz em suas falas o seguinte: “ todo mundo acha que sabe o que é ser professor”, o que concordo plenamente, pois muitos banalizam a ação de ser docente e somente quando se é professor é que se sabe dos prazeres e desafios dessa profissão, das responsabilidades que precisamos ter tanto em sala de aula como nas atividades além deste momento.
Na verdade, não é qualquer pessoa que consegue ser professor, pois como fala a professora Carolina, “professor tem algo diferente, pois não é qualquer pessoa que consegue fazer o que o professor faz”, além disso para ser professora precisamos ter uma preparação pedagógica, didática e emocional, e envolver-se com todo esse processo em relação a escola e aos alunos.
Mais tarde, a professora também comenta sobre a frase “Você trabalha ou só dá aula? ”e o que parece é que a profissão de ser professor ainda é vista como um trabalho informal, que qualquer um pode fazer. Ser profissional de ensino na sociedade contemporânea não é tarefa fácil, temos a todo tempo que provar nosso valor e provar que a educação é o único meio pelo qual uma sociedade pode evoluir.
Outro ponto que foi mencionado é quanto a infraestrutura das escolas da rede pública e privada, sobre o público alvo e a diferença do capital cultural entre elas. O que mais chama a atenção além da infraestrutura que possui uma diferença muito grande, é a carga horária de períodos dedicados a disciplina de ciências, onde a escola privada tem o dobro de períodos em relação a escola pública, o que me leva a refletir sobre o porquê isso acontece.
Algo muito importante que fica dessa palestra e que devemos sempre reforçar e ter em mente é que por mais que tenhamos muitas atribuições, que por mais que a profissão não seja valorizada ou que os dias sejam difíceis, o professor jamais deve desistir, como a professor Carolina diz “Ensinar é saber insistir quando o outro te diz não”, isso é ter compromisso com a educação e honrar a profissão que escolheu. Como Paulo Freire diz:
“ É preciso ter esperança, mas ter esperança do verbo esperançar; porque tem gente que tem esperança do verbo esperar. E esperança do verbo esperar não é esperança, é espera. Esperançar é se levantar, esperançar é ir atrás, esperançar é construir, esperançar é não desistir! Esperançar é levar adiante, esperançar é juntar-se com outros para fazer de outro modo” (FREIRE,1992,s.p)
É preciso acreditar que somente a educação vai transformar as pessoas e essas pessoas irão transformar o mundo, a partir do respeito mútuo e da ação de não desistir.
Referência
FREIRE. P. Pedagogia da Esperança: um reencontro com a Pedagogia do Oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1992
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