segunda-feira, 26 de julho de 2021

 

INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA

DO RIO GRANDE DO SUL

Campus Vacaria

Licenciatura em Ciências Biológicas

Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência Pibid/Capes-IFRS

 

 

Nome do bolsista: Mariana Lisbôa de Oliveira

Tema da atividade: Resumo da live “Abordagem da botânica nos diferentes níveis de ensino: experiências transformadoras”

Data de entrega: 24/07/2021

 

A live foi realizada a partir de iniciativas desenvolvidas em disciplinas do Instituto de biociência da USP e de outra disciplina do Instituto Federal de São Paulo sobre o ensino de botânica.

A palestrante Ana Cristina Aguiar Dias falou sobre a importância da sensibilização para a aprendizagem botânica no ensino superior e em suas falas ela comenta sobre a importância das memórias afetivas e como elas influenciam na construção do sujeito.

Em uma das atividades desenvolvidas no ensino superior, ela buscou resgatar essas memórias com os alunos solicitando que eles fizessem um desenho que tivesse plantas. Esses desenhos foram guardados pela professora que, ao final da disciplina devolveu para os alunos.

Ao receberem esses desenhos, os alunos ficaram pasmos por terem desenhado apenas angiospermas, sendo que poderiam ter desenhado algumas briófitas ou pteridófitas. Com essa atividade os alunos se deram conta de que há muita diversidade botânica que nem sempre são percebidas. Ao final, os alunos tiveram a oportunidade de complementar seus desenhos.

A professora Ana Cristina também elaborou um modelo construtivo de morfologia floral para que todos os professores possam utilizar em suas aulas tanto no ensino presencial como no remoto. Os moldes têm por objetivo facilitar o entendimento das partes das flores e a partir dela fazerem construções e reconstruções da flor, que aliada a teoria facilita a aprendizagem do aluno.

Outra palestra muito interessante foi a da professora Luciana Bastos Ferreira que proferiu sobre a atividade “As plantas também têm sede” voltado para o ensino remoto por investigação em uma turma de ensino médio do IFSP- Campus São Paulo.

A atividade teve como objetivos compreender o continuum que existe nas plantas com relação aos tipos de tecidos, perceberem como essa organização é única entre os seres vivos e compreender a importância da transpiração das plantas, tanto para a sua própria fisiologia, como para a manutenção do clima.

A primeira etapa da atividade foi o levantamento de ideia prévias dos alunos utilizando textos sobre o gasto de água na agricultura. Para que os alunos pensassem sobre o assunto, a professora colocou para os alunos uma questão-problema sobre o tema.

A professora Luciana relata que o debate foi longo, mas muito interessante. Após isso a professora passou vídeos com alguns cortes de plantas vistas através do microscópio, já que a modalidade era o ensino remoto e foi fazendo questionamentos sobre o que os alunos estavam vendo.

Umas das estratégias utilizadas pela professora, foi solicitar que os alunos, após as aulas, descrevessem conceitos sobre algo que aprendeu e também uma dúvida. Esta estratégia foi muito interessante, pois os alunos passaram a perguntar e a se interessar mais pelo tema.

Luciana relata que o ensino remoto trouxe muitas dificuldades, mas também muitas oportunidades, pois os alunos passaram, a questionar mais e também foi possível desenvolver estratégias pedagógicas interativas, desenvolvendo nos alunos o gosto pela botânica e com isso diminuir a cegueira botânica nos estudantes.

A professora Eloisa Gerolin fez sua fala a respeito de “Como superar a Cegueira Botânica a partir da Ciência? ”, através do ensino investigativo. As atividades foram aplicadas numa turma de 6º ano do ensino fundamental II e teve como pergunta norteadora “ Como uma planta pode sobreviver em um recipiente fechado? ”.

Num primeiro momento a professora fez o levantamento de hipóteses com os alunos. Na sequência, os próprios alunos propuseram a forma investigativa que seria utilizada para responder a essa pergunta.

Os alunos fizeram o experimento e construíram um texto descritivo, no estilo diário de campo, sobre a coleta de dados referente ao experimento, ao mesmo tempo, a professora foi trabalhando a parte teórica para que os alunos pudessem compreender o que estava acontecendo dentro do recipiente da planta.

No final os alunos fizeram um relatório científico de acordo com a idade deles e confrontaram a opinião prévia que tinham logo no início da atividade com as conclusões que chegaram depois de realizarem o experimento.

A professora Eloisa ainda relata que esse experimento dialoga com a cegueira botânica, pois desenvolve no estudante a capacidade de reconhecer a importância das plantas para a biosfera e para os humanos, além de aprenderem a reconhecer a beleza e as características peculiares das plantas.  Com isso, é possível rever a visão equivocada das plantas como sendo inferiores aos animais.

A última palestra foi feita pela professora Maria Fernanda Reis Balugani sobre a multiplicação das plantas no ensino fundamental I. A sequência didática que a professora apresenta vai desde escolher o que plantar até a culinária feita com os alimentos colhidos.

Durante as atividades os alunos fizeram levantamento de hipóteses e delas surgiu a ideia de trabalhar o tema “como mitigar a cegueira botânica? ”.

O trabalho foi realizado com o auxílio dos pais de alunos, em conversas com o jardineiro sobre como reaproveitar os cortes das podas e através da interdisciplinaridade com os outros professores.

Da atividade, resultou um berçário de mudas, que tem sido utilizado como uma sala de aula verde. Nele foram colocadas mesas para que as crianças permanecessem naquele local.

Com a pandemia, as professoras passaram a gravar suas aulas no berçário de mudas e propuseram que as crianças fizessem em casa o plantio de cebolas, abacate, etc.

Com o retorno das aulas presenciais, os alunos foram convidados a passear pelo berçário e dar continuidade aos questionamentos, hipóteses e assim, a sequência de atividades.

Ao assistir as palestras das professoras, percebe-se a intenção das mesmas em trabalhar a questão da cegueira botânica, a qual é a incapacidade de perceber as plantas que fazem parte do nosso ambiente.

As estratégias utilizadas nas atividades contribuem muito e são de grande importância para que os estudantes percebam o ambiente ao seu redor e desenvolvam a consciência de cuidá-lo e preservá-lo, além de compreenderem as características e necessidades das plantas.

Faz-se necessário que os alunos percebam não só as plantas como fornecedoras de oxigênio, mas também que elas oferecem alimentos, medicamentos, lazer e tantas outras funções. É preciso que as plantas sejam reconhecidas como organismos vivos, que compreendam que elas possuem um ciclo de vida e que são importantes na constituição do ecossistema.

Com as palestras foi possível perceber que é possível desenvolver nos alunos a capacidade de ver as plantas com um outro olhar e trabalhar para que isso se multiplique.

domingo, 25 de julho de 2021

 

INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA

DO RIO GRANDE DO SUL

Campus Vacaria

Licenciatura em Ciências Biológicas

Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência Pibid/Capes-IFRS

 

 

Nome do bolsista: Hermelinda Acuna Duarte e Mariana Lisbôa de Oliveira

Tema da atividade: Relato das aulas ministradas no 8º ano

Data de entrega: 23/06/2021

 

- Foi possível ministrar todo o conteúdo programado? (descrever para aula 1 e 2)

Sim, toda a aula programada para os dois dias foi executada, algumas atividades como a do padlet feita na primeira aula foi realizada de maneira mais rápida em virtude do tempo da aula.

- O tempo da aula foi suficiente ao conteúdo proposto?  (descrever para aula 1 e 2)

Acreditamos que poderíamos ter abordado mais questões em relação ao tema, mas diante do tempo proposto, as atividades foram todas realizadas.

- Como foi a interação dos alunos na aula?

Num primeiro momento eles ficaram um pouco tímidos, mas aos poucos começaram a participar das atividades. As câmeras permaneceram fechadas, alguns alunos abriram somente na apresentação inicial, mas logo já fecharam.

- Como foi utilizar as ferramentas digitais na aula?

Foi um facilitador e possibilitou a interação de todos os alunos que se faziam presentes na aula. A maioria interagiu, alguns talvez não tenham conseguido participar da primeira atividade com a ferramenta digital padlet em virtude do tempo, pois a aula já estava encerrando.

- Qual foi a impressão de ministrar aula com o retorno presencial? Como foi dar aula dessa forma? (com alguns alunos acompanhando de dentro da sala de aula)

Ministrar aulas dessa forma foi algo bem novo para nós, e acreditamos que seja assim também para todos os professores que estão trabalhando dessa forma. A impressão que nos deu foi que ministrar aulas assim é bem mais trabalhoso e exige muita adaptação de parte do professor. Pois é preciso dar a mesma atenção para os que estão em aula e os que se encontram por trás das telas do telefone ou computador.

- Na sua opinião, o que foi mais interessante nas aulas?

O que achamos bem interessante e importante é que com as aulas remotas os estudantes e professores estão conseguindo se familiarizar com várias ferramentas digitas. Deu para perceber isso na hora que abrimos as atividades de interação para os alunos participarem. Eles conseguiram entrar nos sistemas de forma rápida e não tiveram grandes dificuldades para interagir nas atividades propostas.

- O que você faria diferente se ministrasse novamente este conteúdo? 

Primeiramente pensamos que seria bom ter um pouco mais de tempo para cada aula, dessa forma se trabalharia de forma mais detalhada cada tópico do assunto abordado. Incorporaríamos mais atividades de interação com o uso de ferramentas digitais, incentivaríamos mais em cada aula para os alunos serem mais participativos, e   abordaríamos com maior enfoque a importância de cuidar do consumo da energia elétrica e sobre a questão de estarmos pagando uma energia tão cara no Brasil.

 O PIBID de Vacaria participou do I ENCONTRO DO PIBID DO IFRS e apresentou algumas ferramentas digitais.

Confira no vídeo a apresentação da ferramenta Powtoon e o vídeo criado através da ferramenta.

 

 
 

 

 

INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA

DO RIO GRANDE DO SUL

Campus Vacaria

Licenciatura em Ciências Biológicas

Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência Pibid/Capes-IFRS

 

 

Nome do bolsista: Mariana Lisbôa de Oliveira

Tema da atividade: Resumo da abertura do I Encontro do PIBID

Data de entrega: 03/07/2021

 

Mesa redonda:

- Professora Claudia Candido Diretora da E.E.E.F. Cristóvão Colombo (Mat-Canoas)

- Professora Carolina Casco Duarte Schlindwein Supervisora na E.E.E.M. Dr. Oscar Tollens (Bio/Quim-POA)

- Professora Cassiana Grigoletto Coordenadora de área no campus Restinga do IFRS (LP-Restinga)

- Professora Marine Lisbôa Alves Ferreira Supervisora na E.M.E.F. Governador Leonel Brizola e ex-bolsista do PIBID IFRS (Mat-Caxias)

 

O I Encontro do PIBID do IFRS foi mais uma possibilidade de podermos conhecer como se desenvolve o programa em outros municípios e através da troca de relatos e experiências, saber quais são os desafios e também as possibilidades a serem realizadas.

A professora Cláudia relata que foi um grande presente receber o PIBID na escola e dar espaço para quem está aprendendo. Ela percebe que os alunos do 9º ano, turma esta que recebeu os pibidianos, ficaram muito empolgados, fazendo com que a sala de aula sempre estivesse lotada de alunos. Nesse tempo em que o PIBID atuou em sua escola, os alunos aprenderam para que serve a matemática e para que usá-la. Os bolsistas trabalharam sobre as profissões e mostraram como determinados cálculos são utilizados.

Esta atividade possibilitou dar sentido para aquilo que estavam estudando, fazendo com que a aprendizagem se tornasse mais significativa e que outros alunos da escola demonstrassem interesse em participar das atividades promovidas pelo PIBID.

A professora Cláudia também relatou o quanto é importante esta experiência com o PIBID para o futuro professor, pois passam a conhecer como é realmente estar em uma sala de aula e ministrar uma aula, além de possibilitar a troca de saberes entre professores da escola e os bolsistas.

Já a professora Carolina dá aula de biologia e relata que a troca de conhecimentos que se tem com os pibilianos é única e uma via de mão dupla, onde todos aprendem.

Na primeira vez que teve experiência com o programa, a professora Carolina tinha como proposta a revitalização do laboratório de ciências, de informática e a realização da 1º feira de ciências da escola. Ter os bolsistas do PIBID presentes na escola possibilitou que os espaços que antigamente eram ocupados como depósito fossem reorganizados para então serem ocupados para os laboratórios.

Os alunos do PIBID auxiliaram inclusive na limpeza desses espaços e junto a isso ainda fizeram planos de aula para que os professores pudessem aplicar.

Concomitantemente com isso, os bolsistas também estavam realizando o planejamento da feira de ciências, sendo a realização desta muito importante tanto para os alunos como para os pibidianos e professores, pois todos foram envolvidos e os pais dos alunos também foram prestigiar a feira.

Os alunos ficaram tão motivados que já haviam elaborado trabalhos para uma próxima feira de ciências.

A professora Carolina relata que no ano de 2020 os desafios foram grandes por conta da pandemia, mas a vontade de realizar a feira de ciências novamente era maior. Para isso os bolsistas do PIBID começaram a fazer uma revisão de literatura sobre a importância da feira de ciências e elaboraram um questionário para que fosse enviado aos professores e comunidade escolar em geral para saber se eles acreditavam que a feira de ciências era realmente importante para os alunos e se concordavam que esta fosse realizada no formato on-line. Todos concordaram.

Após todo esse levantamento de informações, os pibidianos elaboraram uma apresentação para divulgar como seria feito a feira de ciências na reunião de professores. Apesar dos desafios, eles acreditam que será possível a realização da feira no mês de agosto deste ano. A professora relata que sem o PIBID, nada disso seria possível.

Neste mesmo encontro, a professora e coordenadora de área Cassiana nos contou um pouco sobre seu percurso de envolvimento com o PIBID e diz que este programa é muito importante para estabelecer o diálogo entre a teoria e a prática docente.

Nas suas falas, relata que o bolsista do PIBID aprende muito neste processo através do planejamento, da organização de materiais, da escrita de relatórios que fazem parte do fazer docente.

A professora também faz uma fala referente ao momento atual da pandemia em relação as aulas no formato do ensino remoto e quanto isso tem mostrado os problemas sociais que por vezes fogem da nossa capacidade de resolução. Se preocupa também pelo fato de que os pibidianos não estão tendo contato com os alunos presencialmente e isso está sendo um pouco frustrante, pois o real sentido do PIBID, que é a troca de experiências, não está sendo feito da maneira como gostaria.

Relata ainda que, apesar disso, a experiência que se adquire é muito rica e que nos leva a refletir qual é a educação que queremos, além de possibilitar a inovação, procurar outras metodologias, buscar novas ferramentas e ressignificar o processo de ensinar.

A professora Cassiana também nos faz refletir sobre qual é o papel da escola neste momento e como será o nosso fazer docente depois que a pandemia passar.

A professora Marine também fez uma breve fala, relatando que é supervisora atualmente do PIBID e ex-bolsista do programa na primeira turma em Caxias do Sul e aprendeu muito sendo bolsista do programa.

Em suas falas conta que os pibidianos levam para os alunos atividades que os professores, por conta do trabalho burocrático, não conseguem elaborar e isso auxilia muitos os docentes na construção do conhecimento.

Analisando este encontro, não há dúvidas sobre a importância e significado que o PIBID tem para cada pessoa que tem a possibilidade de estar incluído neste grupo, sejam elas professores, alunos, futuros professores e a escola de forma geral. As construções e trocas de conhecimento são ricas, vastas e constantes. Todas essas aprendizagens são multiplicadas, sendo esse o real sentido da educação e do fazer docente.